Hora de caçar em Grid Hunters!

Um dos últimos protótipos brasileiros recebidos aqui no blog antes da mudança, Grid Hunters: os caçadores da grade dimensional é um jogo de Marcelo Dias, criado aproximadamente em 2019. Anteriormente aqui no blog foi resenhado o protótipo Primeiro Comando, do mesmo autor carioca.

Agradecimentos divinos pelo protótipo cedido!

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Mecânicas
– Construção de baralho
– Movimento em grade
– Toma essa

Em Grid Hunters os jogadores serão viajantes interdimensionais que tem que resgatar criaturas extradimensionais de diversas espécies que são ameaçadas de extinção, enquanto usam um baralho inicial de criaturas básicas para isso. As criaturas resgatadas poderão ser inseridas no baralho inicial e somar seus pontos de vitória para saber quem será o vencedor.

Para iniciar o jogo, cada jogador assume a raça, ganha um tabuleiro para organizar as cartas, ganha 10 cães de caça mutantes colocando 6 na mão e os outros no tabuleiro para usar depois.

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Visão geral dos componentes do protótipo

No seu turno cada um pode pode se mover ou capturar criaturas usando as cartas que tem na mão. Para capturar uma criatura, primeiro o jogador terá que estar com o seu caçador (peça) sobre ela. Já em cima da criatura é possível capturar a mesma jogando outras cartas cujos pontos de ataque igualem ou superem a defesa da carta que ele quer capturar.

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Exemplo de cartas de criaturas

Enquanto tiver cartas na mão, cada jogador(a) pode se movimentar ou capturar criaturas. Seu turno só acabará quando sua mão ficar vazia! Caso isso não aconteça, ele tem a possibilidade de descartar as cartas, usar apenas as mesmas para se movimentar e reservar uma carta para seu próximo turno ou ainda bloquear um oponente. 

O jogo termina quando todas as criaturas forem capturadas, ou só sobrarem criaturas fora do alcance dos jogadores. O vencedor será definido por quem tiver mais pontos no geral.

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Partida em andamento

Considerações divinas
Um jogo rápido e com pouca profundida, Grid Hunters apresenta um desafio leve que agrada, mas dura pouco. Apesar de muitas cartas, muitos componentes e muitas raças de criaturas é bem possível ter uma partida que acaba em poucas rodadas e tem uma preparação um pouco demorada.

Existe claro potencial principalmente no que tange a construção do baralho e também interação entre jogadores. Porém a pouca profundidade não deixa que os jogadores explorem todo seu potencial logo em uma partida, o que é bom em termos de rejogabilidade, mas precisaria de alguns turnos a mais para trazer o sentimento de “engregar” na partida. Um bocadinho mais de desenvolvimento e feedbacks elevaria a qualidade jogo certamente.

A arte e produção do protótipo – que é independente –  estão bastante condizentes com o jogo e se percebe um esforço muito bacana por parte de Marcelo de manter o jogo com alta qualidade. Vale a pena conhecer, mas ainda precisa de mais alguns refinamentos para possivelmente ir ao mercado de jogos no país.

Pontos positivos
– Simples de entender e jogar
– Muito conteúdo

Pontos negativos
– Falta um pouco de refinamento e profundidade