“Parabéns! Você é um dos 2 a 4 cadetes que obtiveram as melhores notas na Academia Estelar da Coalizão dos Planetas Unidos neste ciclo. E por causa disso, você acaba de receber o seu Primeiro Comando de uma Nave Estelar.” – Manual do jogo
Primeiro comando é um protótipo de jogo de tabuleiro de criação do carioca Marcelo Dias e conta com as artes de Douglas Duarte (Vossa Excelência, Treta do Anzol).
Mecânicas
– Construção a partir de modelo
– Seleção de cartas
– Sistema de pontos de ação
Primeiro comando é um jogo onde cada jogador possui o controle de um nave espacial e precisa encher a mesma com cadetes provindos da Academia Estelar da Coalizão dos Planetas Unidos. Com isso, o objetivo de cada jogador é colocar cartas de cadetes em sua nave, em diferentes seções, porém cada cadete possui suas exigências de estar na nave do jogador.
As cartas dos cadetes possuem exigências como não estar no mesmo andar (linha ou coluna) que outro da mesma cor ou tipo, entretanto as exigências são diversas e variam de cadete para cadete, o que só aumenta o desafio conforme a partida avança.
As ações no jogo giram em torno de colocação dos cadetes, que estão em uma extensa fileira de compra com preços diferentes de quantidade de ações, trocar de cartas e expulsar cadetes, além de também pegar ações extras. Porém, ações extras rendem pontos negativos!
No momento em que um dos jogadores completar a nave, a partida de se encerra. Então chega a segunda parte da partida que é verificação, por todos à mesa, se alguém se esqueceu de ter pelo 2 cadetes de cada espécie em sua nave. Se não possuir, está fora da partida com uma derrota automática!
Considerações finais
Logo de cara é possível verificar a influência do jogo Galaxy Trucker na parte de montar sua nove com cadetes diversos. Enquanto no primeiro jogo as peças da nave precisam ser bem encaixadas para não quebrar a nave, aqui os cadetes precisam ser bem colocados para não serem acusados de estar colocados erradamente ao final da partida. Obviamente, isso acontece e muito!
Primeiro comando consegue unir um jogo com regras não tão simples com uma fluidez muito boa, o que entrega uma partida divertida e nada maçante. Cada cartinha de cadete possui uma pequena regra que precisa de atenção para não se cometer um erro bobo.
A grande dificuldade, assim como o ponto alto do jogo, é colocar os cadetes na nave de forma que a exigência do cadete seja atendida na coluna e na minha da nave, que na verdade é a grade de jogo de cada um. Divertido sem ser maçante e desafiador na medida de um jogo familiar.
O jogo atende bem a públicos de jogadores novatos, porém um veterano consegue se distanciar com facilidade no jogo. Além disso, as ações extras são atraentes e é preciso cuidado para não ter uma derrota por conta da pontuação negativa das mesmas.
A pontuação, assim como a forma extra de derrota são muito interessantes.
Pontos positivos
– Diverta montagem da grade de cadetes da nave
– Partida fluida com regras de média complexidade
– Criação brasileira bastante original
Pontos negativos
– Veteranos podem facilmente vencer a partida em cima de novatos
