Monstros & Tesouros é um jogo brasileiro de 2022 criado de forma independente por Luiz Roberto Kotze que também criou a editora Lord Zebulon Games para o divulgar e comercializar seu jogo. O jogo foi financiado com sucesso via Catarse.
As artes ficaram por conta dos brasileiros Samuel Marcelino, Fábio di Bernardi, Marcus Vinicius Rodrigues Gomes, Dan Gouveia, Caio Costa, Henrique Reis, Gessony Pawlick e Fernando Issamo. Agradecimentos divinos pelo envio do jogo!
Mecânicas
– Campanha/Batalhas dirigidas por cartas
– Force sua sorte
– Rolagem de dados
– RPG
Monstros & Tesouros é um jogo de cartas com clara inspiração no famoso sistema de jogo de RPG Dungeons e Dragons onde cada jogador reúne sua equipe de aventureiros e sai em busca de glória e ouro ao enfrentar combates com inimigos mortais e pilhando tesouros e itens incríveis.
Para começar cada jogador monta um equipe com 3 heróis para enfrentar os perigos a frente. Os turnos se repetem da mesma forma com poucas ações: ir para a taverna ou templo com seus heróis, ou então explorar um terreno, o que pode resultar em uma aventura com monstros e tesouros. Antes de começar qualquer ação o jogador da vez pode também descartar e comprar quantas cartas quiser, a fim de melhorar sua mão de cartas durante a rodada atual. Por fim, a decisão de ir em algum local, como antes descrito, é realizada.
Se dirigir à “taverna” permite trocar heróis por algum melhor ou mais interessante, assim repor algum herói que tenha sido morto durante uma aventura. Já ir ao “templo” serve para curar os heróis, pois eles tomam dando durante o combate contra monstros. Sobre a “exploração” dos terrenos, isto corresponde em abrir uma carta do baralho de exploração e decidir se quer ir se aventurar ali ou não, pois é possível rejeitar a ida às aventuras, a não se que a carta de um terreno obrigue a exploração por parte do jogador.
Uma vez que algum monstro aparece, pois foi “convocado” pela carta de um terreno explorado por alguém, é um oponente que controla os monstros convocados, ou seja, o(a) jogador(a) ativo(a) combate um oponente que por sua vez controla os monstros evocados pelo primeiro jogador. Na prática: Rita abre uma carta de terreno que convoca dois monstros de nível 5 para a combate, por exemplo. Logo em seguida, João usa suas cartas de ação para controlar o combate pelo lado dos monstros e tentar derrotar Rita no atual combate. Fugir é uma opção!
A derrota no combate pode levar à eliminação de alguém e a vitória leva a ganhar tesouros. No modo de jogo principal ganha a partida quem conseguir conquistar cinco terrenos, mas o manual vem com mais de 10 objetivos centrais diferentes além de variantes.
Considerações divinas
Um jogo brasileiro bom, bonito e muito bem feito. Não chega ser tão barato para completar os 3 “B”, mas vale bastante a pena o investimento, principalmente para quem gosta de fantasia medieval.
O principal ponto a se destacar é o conteúdo da caixa: são 400 cartas. Isso mesmo, quatro centenas de cartas que trazem verdadeiras campanhas no modo aventura, modo básico do jogo, onde os jogadores são instigados a explorar o baralho de cartas de terreno (baralho de exploração). Também é ali que se consegue tesouros!
Infelizmente esses baralhos de cartas não ficam bem alocadas quando se colocam sleeves e isso poderia ter sido levado em consideração no momento da confecções dos componentes do jogo, além do fundo das cartas ser o mesmo, apenas mudando as cores, o que atrapalha no momento de reorganizar o conteúdo.
Outro aspecto interessante é que jogo por possuir uma mecânica e gestão de mão e combate dirigido por cartas também se torna uma espécie de “esqueleto” ou “modelo” para que mestres e jogadores possam utilizar o conteúdo para criar campanhas e ter algum apelo visual bem feito, tudo com arte brasileira.
A progressão do personagem está lá, no baralho de itens, sempre atrás de algo melhor. Derrotar monstros e ir sempre atrás de tesouros é essencial, assim como o título do jogo informa!
Em breve, uma expansão!
