A temporada de pesca está aberta em Treta do anzol

“Uma família de pescadores muito competitiva todo ano faz um torneio para saber quem é o melhor pescador. Nessa pesca vale praticamente tudo. Assim sendo, o vencedor receberá o título de tretador do anzol!” – Caixa do jogo

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Treta do anzol é um jogo de Mário Sérgio (Uga-Uga Bufapum) com Rodrigo Sampaio (Azzelij). Um jogo lançado em 2018 pela editora nordestina K&M Jogos. As artes são de Douglas Duarte (Anime Saga, Vossa Excelência).

Agradecimentos divinos à editora pelo envio do jogo!

Mecânicas
– Gestão de mão
– Toma essa

Depois de distribuídas cartas iniciais, cada jogador vai ficar com 1 carta de personagem pescador e, para aquele pescador, um tipo de peixe é mais valioso que os outros. As cartas de peixe e de treta ficam na mesa e algumas cartas de treta serão jogadas para atrapalhar os oponentes.

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Componentes

Cada turno se divide em duas fases: jogar cartas de peixes e jogar cartas de treta.

No começo do seu turno, se não existirem peixes no “anzol” do jogador (sua carta de personagem), então o(a) jogador(a) coloca uma carta de peixe no seu anzol. Se já existir alguma carta de baralho de compras, então esta carta deve ir para baixo da carta de cesta, uma nova carta deve ser comprada e anexada ao anzol.

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Personagens

Já as cartas de treta são jogadas de acordo com o número de ações representado na carta de peixe atualmente aberta na frente do jogador. Comprar ou jogar uma carta de treta custa um ponto de ação cada. As tretas podem roubar cartas, retirar, descartar, dentre outros efeitos interessantes.

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Peixes

A partida vai funcionar dessa forma até que o monte de peixes acabe. Quando isso acontecer, todos jogam até que o último jogador tenha jogado. Quem tiver mais pontos nas cartas de peixe embaixo da sua cesta ganha a partida!

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Exemplo de partida

O jogo ainda conta com cartas especiais de peixe que dão pontos, trazem cartas de treta e outros efeitos.

Considerações finais
Assim como suas criações anteriores, Treta do anzol é um jogo autoral com tema pouco explorado, mas muito bem feito e, dessa vez, com tudo a ver com a cultura brasileira: pescar é algo inerente em muitas famílias de jogadores Brasil à fora.

Junto com regras fáceis, algo que foi mantido de seu antecessor foi a “furação de olho” que parece ter se tornado algo característico das criações de Mário Sérgio. Porém, a mecânica de “tome essa” não foi implementada de tal modo a se tornar chata, pois está alinhada com a estratégia de comprar cartas para pontuar no final do jogo.

Em se tratando de cartas, o tema é muito bem implementado com peixes da fauna brasileira, além das cartas muito criativas para se “tretar” durante o jogo com a temática de pesca em geral. A produção brasileira também está com alta qualidade na impressão, arte e componentes.

Treta do anzol poderia ter um pouco mais de peixes diferentes, mas nada que atrapalhe o jogo e, quem sabe, uma segunda edição do título não possua mais conteúdo a ser pescado.

Recomendado com iscas divinas: boas pescas treteiras!

Pontos positivos
– Jogo brasileiro com fauna brasileira
– Ótima arte e produção
– Regras fáceis

Pontos negativos
– Poderia haver mais peixes no baralho central