Sua civilização precisa de boa liderança em Hadara

“Artesãos qualificados, filósofos, guerreiros, arquitetos e muitas culturas diferentes poderão ajudá-lo em seus empreendimentos, mas cabe a você escolher os melhores aliados para construir sua nação.” – Caixa do jogo

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Harada é um lançamento de 2019 do alemão Benjamin Schwer com as artes de Dominik Mayer (Concordia). No Brasil chegou pelas mãos competentes da Devir Brasil.

Agradecimentos à editora pela parceria com o blog divino!

Mecânicas
– Colecionar componentes
– Ação simultânea
– Draft

Hadara é um jogo onde cada jogador(a) precisa liderar sua civilização através de três Eras, a fim de comprar cartas e selos para aumentar poder militar, cultura e outros itens que farão ganhar pontos de vitória ao final da partida.

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Visão geral dos componentes

Após a preparação do jogo, cada jogador possui um tabuleiro que indica, através do símbolo da sua civilização, quais cartas vai tentar adquirir no tabuleiro central pelo rondel que existe lá. O tabuleiro central, que no meio possui cinco símbolos diferentes, possui cartas de cores diferentes que são atribuídas a diversas aspectos da civilização. Cada aspecto pode trabalhar com pontos de vitória, renda e outros necessários à manutenção das civilizações em jogo.

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Cartas a serem adquiridas

Cada rodada é dividida em duas fases relativamente similares, onde a parte central do turno do jogador é pegar as duas cartas onde estiver, no rondel, o símbolo da sua civilização e logo em seguida decidir se fica com a carta pagando seu custo ou se descarta a mesma para ganhar algumas moedas. A segunda carta sempre volta para o tabuleiro central a fim de ser usada na segunda fase de cada rodada. Vale lembrar que cada carta comprada dá um desconto para a compra de cartas futuras da mesma cor.

Depois que todas as cartas de cada Era forem utilizadas de alguma forma, vem a fase de renda e também a fase de anexar ou pilhar territórios, além de esculpir bustos para ganhar pontos de cultura.

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Territórios a serem anexados

Por fim, na segunda fase, acontece a compra ou descarte das cartas que sobraram, assim como uma nova fase de renda, territórios e bustos, porém ao final é necessário ter pontos de comida suficientes para manter todas as cartas adquiridas anteriormente. Caso contrário, alguma carta precisará ser descartada!

O jogo procede dessa forma por mais duas Eras, onde as cartas ficam mais caras. Ainda é possível criar selos no tabuleiro das civilizações o que permite novas formas de pontuar ao final da partida.

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Exemplo de partida

Considerações finais
A semelhança do tema “civilização” juntamente com a mecânica de “draft” (recebe um pequeno baralho, escolha 1 carta e passe as demais) é próxima de um outro sucesso no Brasil, o 7 Wonders. Porém, Hadara cai naturalmente para uma aceitação maior entre jogadores com menos experiência.

Continuando a partir do ponto de vista de comparação, Hadara também depende menos do que os “vizinhos” estão comprando e muito mais da boa escolha de cartas. Não existe compra de recursos dos oponentes, por exemplo.

Também é possível destacar que a mecânica de draft é trabalhar de forma mais simples aqui – porém, não melhor – e isso facilita o entendimento por parte de novos jogadores, assim como mitiga mais a sorte em geral. E sim, as regras também são simples de serem explicadas.

No jogo falta uma pontuação mais variável, pois com tantas trilhas, cartas e elementos, também era de se esperar pontuações variáveis através de cartas, por exemplo. Isso certamente traria um fôlego maior ao jogo, além de também guiar de formas diferentes as estratégias para vitória dos jogadores.

Pontos positivos
– Relativamente simples de explicar e jogar
– Mecânicas implementadas de forma objetiva
– Muito bom para novos jogadores

Pontos negativos
– Ausência de cartas com pontuação variável