“A paz finalmente chegou ao grande Reino do Coelho! Conduza o seu clã de coelhos para a glória, reunindo recursos e construindo novas cidades por toda a terra!” – Página do jogo no portal Ludopedia
Bunny Kingdom é um dos lançamentos recentes da Redbox editora e originalmente é um jogo lançado em 2017 por Richard Garfield (King of Tokyo, KeyForge) e conta com as artes de Paul Mafayon (Tikal segunda edição, Mexica). Aqui no Brasil chegou este ano de 2019 e foi apresentado no Diversão Offline pela editora carioca!
Agradecimentos à editora carioca pelo carinho e pela confiança!
Mecânicas
– Controle/Influência de área
– Seleção de Cartas
– Drafting
No comando de um clã de coelhos que deseja ser o mais poderoso de todos, Bunny Kingdom coloca o jogador na árdua missão de prosperar com o uso de cartas, coelhos, fortificações e escolhas inteligentes. E, é claro, através também da multiplicação rápida dos pequenos mamíferos.
A cada rodada o jogo gira em torno do recebimento de cartas que podem ser utilizadas para construir, pontuar, produzir ou adquirir objetivos secretos, dentre outros. São as cartas que guiam as ações de cada jogador e todos jogam as mesmas quantidades a cada rodada.
O objetivo geral de cada um no jogo é fazer a maior quantidade de pontos. Para isso, durante 4 rodadas completas, cada jogador precisa criar feudos (regiões no tabuleiro) que são demarcados pelas fortificações construídas pelos jogadores. Em cada feudo os recursos são usados para o cálculo das pontuações: multiplica-se a quantidade de torres em cada construção de um mesmo jogador pela quantidade de recursos presentes na região em si.
Em um exemplo, um feudo dos coelhos vermelhos possui duas construções: uma com duas torres e outra com uma torre, em um total de 3 torres. Quanto aos recursos, existem dois recursos, a madeira e a cenoura. Assim sendo, o feudo vale 6 pontos (3 torres vezes 2 recursos diferentes). Os feudos são pontuados a cada final de rodada, depois que todas as cartas escolhidas foram baixadas.
Por fim ainda existem as cartas de pergaminhos que permitem pontuar de forma individual, através de objetivos nas baixadas durante a partida, o que diferencia bastante os caminhos à vitória de acordo com as cartas escolhidas a cada partida.
Considerações finais
Fofura é algo que fica na superfície de Bunny Kingdom. O tema e a arte encantam os olhos, mas a realidade é a de um jogo de regras simples, mas de escolhas de média complexidade. Bunny Kingdom encanta pela beleza, mas exige seus esforços dos jogadores para uma vitória no final da quarta rodada.
Considerando que as regras são relativamente simples, Bunny Kingdom pode funcionar como um “jogo de entrada”, isto é, um jogo que introduz novos jogadores ao mundo dos tabuleiros, porém também é um jogo que com jogadores veteranos cria partidas longas e muito disputadas.
A demora dos turnos é mitigada pela escolha das cartas, assim como também a sorte no saque das mesmas. Em se tratando de cartas, o jogo quase duzentas cartas para serem jogadas, o que garante conteúdo novo para muitas partidas.
Dada a complexidade do planejamento a médio e longo (que é necessário para ganhar a partida), talvez crianças não se deem tão bem com o jogo, afinal o tema é bastante atrativo. Inclusive, também por essa característica que Bunny Kingdom não assume totalmente a característica de “jogo de entrada”.
Somando uma linda arte e produção com qualidade internacional, Bunny Kingdom encanta e diverte facilmente. A interação indireta de roubar territórios dos adversários dá o toque final nesse quesito.
Pontos positivos
– Regras fáceis de aprender
– Linda arte e componentes
– Muito conteúdo quanto a rejogabilidade
– Funciona em qualquer número de jogadores
Pontos negativos
– Sorte existente
– Um pouco complexo para ser um jogo de entrada
