A educação e os jogos de tabuleiro

É fácil pensar na Tabuleiros Educação Criativa como uma empresa de jogos de tabuleiro. Afinal, nos criamos e ensinamos a criar esses jogos. Mas mais que isso, somos uma empresa focada na transmissão de conhecimento. Na verdade, isso significa que invertemos a ordem em que nossos produtos são pensados. Embora sirvam para educar, sempre partem da ótica do “aprendedor”. Isso quer dizer que o foco é no sucesso da aprendizagem de quem recebe a educação. Isso significa pensar em maneiras de, com um único produto, personalizar a experiência para múltiplos alunos.

Tá bom, mas o que é educação?
A maior parte das pessoas pensaria em educação formal, como uma série de disciplinas sistematizadas em grupos de conhecimento e com uma evolução em seu aprofundamento.  Bom, essa e uma resposta correta, afinal, definimos aqui  o conceito de escola. Mas existem outros fatores que temos que levar em conta quando pensamos em educação.

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Foto: Fortíssima

A cultura: seu sotaque, costumes, crenças…
Conhecimento nem sempre é sistematizado e um professor não é uma figura eleita para lugares e matérias específicas.  O ambiente ensina! Tudo que cerca uma pessoa, para o bem ou para o mal, faz parte de seu processo de formação. Educar é passar adiante!

O exemplo:  o que você faz e como faz
Se você ensinou regras de um jogo, uma estratégia ou movimento, você esta educando. Nesse sentido, até o grupo em que você joga influencia na percepção do jogo e como você reagirá a ele. O grupo é barulhento? Não se incomoda em sabotar um ao outro para vencer?  Os integrantes sabem perder ou levam para o lado pessoal? Tudo acaba por ser educação!

O bônus: Aquilo que não se vê, não é dito, mas esta ali
Se jogando você teve curiosidade para outro aspecto da história do jogo ou passou a ver quem joga com você de uma maneira diferente (mais competitivo, por exemplo), então você aprendeu algo além do proposto inicialmente. Jogos tem esse potencial de ensinar mais que regras. Todo o tema em que ele foi baseado e todas as interações que ele promoveu, ensinam. Chamamos isso de aprendizagem colateral, quando algo que não era o foco da atenção acaba por também ser absorvido. Não se aprende apenas o que o professor está tentando ensinar!

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Imagem: Nova Escola

O vício: descobrindo novos caminhos
Já percebeu como é mais difícil ensinar quem “já sabe”?

Isso serve para um motorista que aprendeu a dirigir com o pai, quando entra na autoescola.  Serve para atletas amadores quando começam a treinar mais serio e serve para diversas outras coisas como vícios de linguagem, comportamento e até para os famosos “sempre fizemos assim” que acontecem em empresas sempre que é necessário inovar ou aperfeiçoar alguma prática.

Os jogos têm como vantagem que a cada reinício, tendo ganhado ou perdido a ultima partida, você tende a buscar aperfeiçoar a estratégia. Repetir algo que deu certo e ver se é possível repetir, se adaptar ou mudar drasticamente dependendo do novo cenário. Essa adaptabilidade sem desconforto e uma habilidade que será fundamental por toda nossa vida. É possível aprender errado e isso dificulta aprender o certo depois!

A atenção: Sem interesse, sem aprendizado
Tente se lembrar do seu tempo em uma sala de aula. Quantas vezes e possível ouvir a professora pedindo atenção? Quantas vezes foi preciso se esforçar para prestar atenção a um palestrante ou chefe em uma reunião? Qual foi a última vez que dedicou 100% de sua atenção a uma única coisa? Já recomeçou um texto varias vezes por que estava difícil terminar o parágrafo sem ser interrompido (mesmo que por seus próprios pensamentos). A atenção e cada vez mais artigo raro. Os jogos, por seu potencial de diversão, competitividade, imersão conseguem ter uma taxa de sucesso muito maior, e atingir a mais sentidos (visual, táctil, auditivo e ate emocional) do que boa parte dos demais recursos de ensino.

Quem “decide” se aprende é o aluno, não o professor! Nós da Tabuleiros, pensamos sempre em como educar levando em conta todos esse aspectos! É por isso que buscamos variedade nos tipos de jogos, nas mecânicas e temas, mas principalmente, em possibilitar diferentes formas de uso nos jogos e não limitar suas aplicações às regras do jogo. É a criatividade de cada jogador, pai ou aluno que limitará o potencial de aprendizagem.

Antes que já surja o medo do “Mas eu não sou criativo!” , fique calmo, no nosso próximo encontro vamos desvendar:  Afinal, oque é essa tal criatividade? Até lá!