“(…) O último jogador ainda na aposta envia o aventureiro para a Masmorra e enfrenta todos os Monstros que foram colocados lá naquela rodada, com qualquer mísero equipamento que tenha sobrado para o aventureiro.” – Manual do jogo, versão da Redbox
Welcome to the dungeon é um jogo pequeno de autoria de Masato Uesugi e com as artes de Paul Mafayon (Bunny Kingdom), originalmente lançado em 2013. Aqui no Brasil chegou em 2017 pela editora carioca Redbox.
Esta resenha foi feita com base na versão internacional do jogo da IELLO, mas o mesmo pode ser adquirido no site da Redbox.
Mecânicas
– Eliminação de jogadores
– Force sua sorte
– Memória
– Blefe
Welcome to the dungeon é um jogo de cartas pequeno onde cada jogador(a) vive um aventureiro em uma masmorra. A cada vez que um aventureiro entra na masmorra ele carrega menos equipamentos, mas precisa se aventurar cada vez mais fundo para tentar vencer!
Através do uso de uma das classes de heróis, comuns em RPGs, presentes no jogo – Guerreiro, Mago, Bárbaro ou Ladrão – os jogadores precisam se preocupar não só com sua sorte como um todo, mas também em vencer a masmorra duas vezes ou ser o(a) último(a) ainda vivo a ser eliminado.
Cada rodada possui duas fases: a fase de disputa e a de masmorra. A disputa se dá através da compra de cartas onde, depois de comprar uma carta, cada jogador na sua vez decide se vai adicionar o monstro à masmorra ou colocar à sua frente. Colocar um monstro à sua frente significa perder um dos seus equipamentos. Também é possível passar a vez.
Depois que todos passam chega o momento de enfrentar a masmorra. As fichas de equipamentos restantes são possuem valores de pontos de vida do herói (HP) e os mesmos são somados. As cartas de monstros na masmorra são reveladas e então para cada monstro a ser enfrentado um equipamento pode ser usado ou o herói pode perder pontos de vida para vencer o combate, de acordo com a força de cada monstro. Os monstros que ficaram de fora por conta da perda de um equipamento não serão enfrentados.
Esse processo deve seguir até que não se tenha mais monstros na masmorra (um sucesso) ou que o total de pontos de vida que o herói perdeu seja maior que os pontos de vida que ele possui (um fracasso). Quem vence a masmorra ganha uma cartinha de sucesso e quem perde todos os pontos de vida do herói, uma cartinha de fracasso.
Vence quem conseguir duas cartas de sucesso ou quem for o último herói a ficar vivo!
Considerações finais
Este é um jogo de cartas de fantasia medieval bem simples de explicar e com bastante interação. Aliado a isso, ainda existe a mecânica de blefe onde não se sabe se a carta colocada na masmorra é de um monstro forte ou fraco, o que gera expectativas quanto a se aventurar ou não.
O conteúdo do jogo poderia ser um pouco mais extenso com mais monstros (até mesmo um ou dois heróis a mais), então este é um título bacana para se ter na coleção, mas que geralmente não se joga tanto.
O jogo possui uma preparação (setup) muito rápido e também poucos componentes, além de uma ótima arte no geral. Essa características costumam agradar facilmente.
Suas mecânicas e tema lembram um antigo lançamento no país, Dungeon Raiders (Devir), porém aqui existe um jogo para no mínimo dois jogadores, quanto lá apenas para três. Além disso, não existe o elemento de cooperação que existe em Dungeon Raiders, sendo Welcome to the dungeon um jogo de competição pura.
Pontos positivos
– Simples e fácil de jogar
– Alta interação
– Bom custo-benefício
Pontos negativos
– Poderia ter um pouco mais de conteúdo
