Resenha – Mascarade

“Cada jogador  possui um carta de personagem cuja face permanece virada para baixo. Durante a partida, os jogadores trocarão de personagem de modo que nenhum terá total certeza de qual carta ele tem à sua frente!” – Manual do jogo, versão Redbox editora

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Mascarade é um jogo de Bruno Faidutti (Citadels, Warehouse 51) que conta com as artes de Jérémy Masson (Zombicide: Black Plague) lançado lá fora em 2013 originalmente. Aqui no Brasil o jogo foi lançado em 2018 pelas mãos da editora carioca Redbox.

Agradecimentos à editora pela parceria!

Mecânicas
– Jogadores com diferentes habilidades
– Memória

Em Mascarade todos os jogadores estão em um baile de máscara e tem um objetivo comum: ganhar ouro! Para isso vão se utilizar das habilidades de seus personagens, assim como também de trocas para garantir a quantidade correta de moedas para vencer.

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Componentes

No seu turno, depois da preparação de acordo com o número de jogadores (o que influencia quais personagens entram em jogo), o(a) jogador(a) possui três ações possíveis e só pode realizar uma delas: ver qual é o seu personagem, trocar de personagem com um oponente e informar a mesa qual supostamente é o seu personagem a fim de se utilizar daquele poder.

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Personagens do jogo

Ao trocar de cartas de personagem, um jogador deve fazer isso ou embaixo da mesa ou longe da vista dos oponentes. Nesse momento, a troca de cartas pode ser falsa e as mesmas cartas podem voltar ao seu lugar. Já ao informar sobre determinado personagem para usar este ou aquele poder, um oponente pode contestar a informação de alguém. Nesse momento, ambos os jogadores devem mostrar suas cartas: se alguém mentiu, paga uma moeda. Se alguém mentiu e o personagem está com quem fez a contestação, então este último pode realizar o poder do personagem, já que o possui verdadeiramente.

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Pequenas fichas lembram aos jogadores quais personagens estão em jogo

Por fim, a partida acaba de duas formas: ou alguém vence imediatamente quando tiver 13 moedas ou algum dos jogadores fica sem moedas. Nesse último caso, quem tiver mais moedas na mesa vence.

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Personagem em branco para personalizar

Considerações finais
Mascarade é um jogo festivo de um autor experiente, o que se reflete na pouca quantidade de regras para uma partida que possui bastante fluidez. Em comparação a títulos no Brasil que possuem alguma lembrança, Mascarade se sobressai pela melhor simplicidade de regras do Citadels e não deixa jogadores de fora como em Coup, por exemplo.

A quantidade de jogares é grande, superando diversos outros concorrentes quanto a jogos festivos. Existem regras específicas para 3 jogadores e que são bem parecidas com as de quatro ou mais, porém as regras para 2 jogadores tornam um jogo festivo algo mais familiar com um leve toque estratégico. Vale a pena prestar bastante atenção na troca de cartas e nas cartas protegidas (vide manual) quando se joga em apenas dois jogadores.

Em um jogo de identidades onde pode acontecer de se esquecer da própria, sempre é válido olhar quem é quem algumas vezes por partida. Isso remete diretamente à mecânica de memória de saber quem é o seu personagem e quem são os personagens de pelo menos alguns dos oponentes. Consegue memorizar tudo? Não? Nem eu. Isso também é algo que desagrada alguns, a sensação de “jogar no escuro” caso se esqueça de olhar a carta de personagem de tempos em tempos.

O valor do jogo vale a diversão que o mesmo proporciona, principalmente para grupos grandes. O caos provocado por grupos maiores é diretamente proporcional à diversão do jogo e, inclusive para 2 ou 3 jogadores, existe uma boa dose caótica com um número cartas maior à mesa.

Pontos positivos
– Regras fáceis e diretas
– Poderes simples de memorizar
– Estimula o caos como diversão

Pontos negativos
– Sensação de “jogar no escuro” pode desagradar alguns