Resenha – Captive (sem spoilers)

“Somente você poderá salvá-la.” – Verso do livro, Mandala Jogos

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Captive foi o primeiro livro-jogo que a editora Mandala Jogos trouxe ao Brasil em 2016 e também lançado lá fora no mesmo ano. O livro foi criado por Emmanuel Manuro e tem a arte de MC, ambos profissionais franceses, assim como a editora original, Makaka editions.

ATENÇÃO: Caro(a) leitor(a), se você considera imagens aleatórias e sem elevada importância para a história do livro-jogo como spoilers (revelações do conteúdo), então por favor não prossiga com a leitura desta resenha!

Mecânicas
– RPG
– Papel e caneta

Assim como postado anteriormente, Captive é um livro-jogo (ou um quadrinho-jogo) que coloca o jogador na pele de um pai policial que precisa resgatar sua filha. A menina foi sequestrada sem motivo aparente e por pessoas desconhecidas que apenas deixaram um bilhete exigindo dinheiro e um endereço.

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Exemplo de anexo que pode ser resgatado no jogo

Esta publicação é na verdade uma história em quadrinhos transformada em livro-jogo onde, através do papel acima descrito, o(a) leitor(a) precisa encontrar a menina em um determinado local. Os caminhos para a vitória são pouquíssimos, porém os caminhos para a derrota são diversos e mais numerosos.

Um fator adicional que existe para atrapalhar o jogador é o tempo que é contado através de uma ampulheta. Quanto mais o(a) jogador(a) explorar os diversos cômodos e corredores do local, mais tempo consumirá. Porém o tempo não é o único recurso aqui presente: existe uma ficha de personagem, simples, mas que faz toda a diferença nos encontros e desafios propostos no livro-jogo.

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Ficha do jogador

Considerações finais
Captive (algo como cativo, em inglês) conta uma história triste, que se desenrola em uma fantasia, e que pode finalizar com um final feliz… ou não. O jogo foi um produto de uma campanha de Kickstarter de sucesso sendo fundado rapidamente e hoje em dia possui reconhecimento internacional.

O livro leva o(a) leitor(a) por diversos caminhos, algumas vezes duvidosos, outras bastante inocentes que levam diretamente à armadilhas. Sem contar os diversos corredores, cômodos, itens e encontros que confundem facilmente a expectativa do(a) jogador(a). Com isto posto, uma situação comum durante as partidas de Captive é ter dificuldade de se lembrar por onde seu personagem passou e quais são os locais em que existem itens cruciais para a trama. Talvez anotações pessoais possam ajudar, pois o recurso “tempo” é importante.

Algumas localizações no jogo facilmente confundem os caminhos a serem seguidos, pois um mesmo quadro pode levar a diversos outros locais e esses locais podem fazer uma volta para o quadro anterior.

O título, primeiro lançado da editora paulista por aqui, excita, anima, confunde e gera expectativas. Para quem jogos livros-jogos nos anos 80, 90 e 2000, Captive é um prato cheio de diversão: sua aventura diverte, os quebra-cabeças prender na medida certa e a arte é muito bem feita. Leia com atenção e procure por pistas e números com cuidado!

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Consegue ver o número pequeno perto da janela?

Pontos positivos
– Excelente título que diverte e propõe bons quebra-cabeças
– Linda arte e produção em geral
– Aventura, mistério, combates e diversos encontros diferentes

Pontos negativos
– As idas e vindas dos corredores e cômodos podem confundir