Silk é um jogo familiar e relativamente rápido da Devir de lançamento simultâneo em 2018 pelo designer Luis Ranedo e com as lindas artes de Roc Espinet.
Agradecimentos especiais a editora Devir pelo envio do jogo!
Mecânicas
– Alocação de trabalhadores
– Controle/Influência de área
– Rolagem de dados
Silk é um jogo simples e objetivo de criar de bichos-da-seda da melhor forma possível, sempre visando a vitória, porém tomando cuidado com essas criaturas porque não é uma tarefa fácil já existe um terrível bicho que quer se alimentar dos bichos-da-seda: o Ookami.
Depois dos tiles colocados, o jogo possui então um tabuleiro de vegetação, além das peças do pastor e do mastim (um amável cão de guarda) que são colocados no tabuleiro para mover os bichinhos de acordo com as ações dos jogadores. Recuperar terra e criar viveiros para facilitar a vida do jogo também são possíveis.
O grande vilão do jogo, que está a caçar os bichos-da-seda, se chama ookami e a criatura se alimenta dos pobre bichinhos que acabam indo na sua direção. Ao mover o pastor ou o mastim para uma peça com bichos-da-seda ocorre um empurrão dos bichos-da-seda de quaisquer cores para outra peça e isso pode transformar a jogada numa cascata de eventos que, se bem planejada, faz com que o ookami acabe se alimentando dos bichos dos oponentes.
Também possível fazer bons pontos pastando nas peças do jogo, onde uma peça é “usada” e depois virada para o lado “árido”, diminuindo as opções de pontuação da partida.
Isso tudo é determinado ao jogar dois dados, pois jogar os dados determina quais as ações que alguém vai poder efetuar nesse turno. O jogador coloca um dos dados no espaço do tabuleiro de ação que corresponde ao resultado e pode usar pontos para modificar o resultado.
As rodadas prosseguem até que uma quantidade de pontos é atingida (o que depende do número de jogadores) disparando o final do jogo, que dura mais uma rodada para os oponentes.
Considerações divinas
Regras simples e produção caprichada num jogo semi-abstrato com baixa duração e alta interação: esse é Silk! Além disso, a considerar peças próximas que formam um tabuleiro compartilhado e o vilão do jogo, a “furação de olho” é constante.
De forma geral, a rolagem de dados lida bastante com a sorte e obriga o uso de pontos para poder mitigar a sorte. Bom pela dinâmica do jogo, mas ruim por conta do “vai e vem” dos pontos. Todo cuidado na escolha das ações é importante aqui.
Sem sombra de dúvida a parte divertida é empurrar os bichos-da-seda dos oponentes para a bocarra do Ookami, assim criando uma onda de empurrões e movimentações no geral. Logo em outro já dá para “pastar”, fazer mais pontos e voltar as peças para a melhor direção novamente.
Para dois jogadores não fica tão bom por conta do final rápido da partida, mas para 3 ou mais jogadores a estratégia, sorte e caos tornam as partidas bastante divertidas, assim como equilibradas quanto a estratégia. Uma regra caseira pode ajudar, claramente, mas daí vai de cada jogador(a).
Pontos positivos
– Muito interativo
– Mecânica de eliminar as peças adversárias cria efeitos divertidos de “cascata”
– Estratégico e levemente caótico
Pontos negativos
– Não fica tão bom somente com 2 jogadores
