Resenha – La Muse

“O começo do século 20 foi marcado por um movimento de arte extraordinário conhecido como Art Nouveau. Seu principal objetivo era modernizar o design, fugindo dos estilos históricos ecléticos anteriormente populares.” – Página do jogo no portal Ludopedia

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La Muse é um jogo do brasileiro Caetano Foschini que utiliza as artes do artista checo Alphonse Mucha, ao melhor estilo art nouveau. O jogo entrará em financiamento coletivo em julho pela editora Ludens Spirit.

Agradecimentos à editora pelo envio do protótipo! O financiamento coletivo vai ao ar no dia 3 de julho!

Mecânicas
– Apostas
– Colecionar componentes
– Rolagem de dados

Este é um jogo com o objetivo maior de conquistar pontos de vitória através das gemas diferentes de cores diferentes que são conquistadas através das cartas de musa (obras de arte). Cada jogador tem três dados e deve alocar os mesmos nas obras de artes para pode coletar as obras de artes. As obras de arte, por sua vez, vão render jóias que valem pontos de vitória para os jogadores.

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Componentes do protótipo

Os resultados das rolagens de dados podem ser manipulados pelos poderes de cada carta das quais são alocados que, a depender da cor, pode ser realizados quando a carta é coletada ou quando o jogador assim desejar. Cada carta também possui símbolos diferentes e são esses símbolos que determinam o caminhar para o final da partida.

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Cartas

Além de alocar os dados nas cartas, cada jogador(a) pode rejogar seus dados (todos ou não) e também usar o dado neutro presente no jogo para retirar um dado já alocado nas cartas de musa.

No momento em que algum dos jogadores possuir a maioria dos dados em um carta de musa, essa carta passa para sua área de jogo – aqui chamada de portfólio – e o resultado dos dados serve de referência para ganhar a joia.

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Partida em andamento

A partida continua dessa forma, sendo que a cada rodada as cartas de musa são substituídas no centro da mesa. Os dados que não são alocados durante cada rodada geram penalidades e obrigam os jogadores a devolver, em pontos, os valores dos seus dados somados de volta para o jogo.

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Arte de algumas cartas

Considerações finais
La Muse é um jogo de nome e arte muito, mas muito bonitos. Um verdadeiro festival de cores e formas aos olhos que facilmente chama a atenção, principalmente pelas poses das artes originais de Alphonse Mucha. Nesse quesito, ótima escolha do autor.

Considerando que a partida é finalizada através da coleção de símbolos nas cartas de musa, a mecânica do jogo é bastante simples e flui bem, com algumas exceções de regras que poderiam ser trabalhadas de outra forma. Por exemplo, o símbolo de “rosa branca” se diferencia do símbolo de “rosa preta”. Em outras palavras, poderia existir um símbolo diferente do que apenas cores, neste caso, para fins de coleção e finalização do portfólio.

O jogo possui uma dinâmica muito interessante quanto a alocar dados, adquirir cartas e se atentar à estratégia dos oponentes, porém muitos efeitos fazem com que a consulta à referência seja constante. Com mais partidas, essas consultas tendem a diminuir.

Por fim, o jogo ainda possui um modo avançado que adiciona “temporadas” para se coletar corretamente cada gema de cada cor, o que aumenta bastante o desafio e dificuldade do jogo, agora apontando para jogador mais experiente em geral. Então, dependendo do momento do jogo, as gemas podem valer mais ou menos pontos, o que exige total atenção ao recolher cartas.

La Muse definitivamente tem potencial de ficar em qualquer coleção, apesar de tudo. Um jogo bonito, fácil de se jogar e com mecânica simples que atrai novas pessoas.

Pontos positivos
– Linda arte e produção
– Partidas dinâmicas
– Jogo objetivo

Pontos negativos
– Muito poderes das cartas, inclusive próximos
– Iconografia pode melhorar