Resenha – Metro

“É Paris em 1898. A cidade se prepara para receber a Exposição Universal de 1900 onde as mais incríveis invenções e descobertas mundiais são mostradas. Por todo lado andaimes são erguidos e túneis são construídos pelas ruas para serem enterrados e depois se tornarem o metrô de Paris.” – Página do Catarse

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Metro é um jogo clássico de 1997 criado por Dirk Henn (Alhambra) e a versão trazida ao Brasil pela editora novata Calamity Games foi a última lançada em 2017 que conta com as artes de Barbara Henn e Franz Vohwinkel (Puerto Rico, San Juan). O título chega ao Brasil este ano, de acordo com a previsão da editora, e foi com base na última edição lançada lá fora que esta resenha foi feita!

Mecânicas
– Colocação de peças
– Construção de rotas

Em Metro cada jogador(a) assumi uma companhia ferroviária a fim de expandir suas linhas férreas de tal maneira que se faça o máximo de pontos possível. Para isso, muitas curvas e retornos às peças de linhas férreas serão importantes para se maximizar a pontuação.

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Visão geral dos componentes do jogo base

Na sua vez, cada jogador(a) só tem uma única ação: comprar uma peça do jogo e colocar no tabuleiro central. Existe um pequeno desvio da ação que é não colocar a peça que está na mão, comprar outra e colocar esta segunda, trazendo alguma variedade à jogada de cada um(a).

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Tabuleiro ao final de uma partida

Com o objetivo de ligar as linhas férreas às estações de trem, as peças devem ser colocadas de acordo com as setinhas demonstradas tanto no tabuleiro quanto na mesma, pois ambas devem estar na mesma orientação. Vale lembrar que, salvo realmente não seja possível, todas as linhas devem ter pelo menos 2 peças de extensão para serem válidas na pontuação.

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Setinhas de orientação

Por fim, quando as peças do jogo acabarem e também o tabuleiro estiver preenchido, acaba a partida. Ainda existem duas variantes no jogo: a primeira delas ignora a regra da orientação das setas, fazendo com que as peças possam ser colocadas em qualquer sentido e a segunda variante permite ter mais de uma peça de trilhos na mão.

A versão que vai vir ao Brasil pela Calamity Games vai contar ainda com 4 expansões que serão resenhadas separadamente no blog.

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Arte do verso do tabuleiro daria um bom quadro

Considerações finais
Este é um clássico quase da mesma época que Carcassonne e que o lembra em certo grau pela mecânica principal, mas que se difere pelo tema envolvido. Metro é um jogo leve, descontraído e simples que seja explica em cinco minutos e joga-se em mais de meia hora.

O jogo base é bem simples o que é perfeito para os jogadores novatos, familiares e amigos que não tem costume de jogos de tabuleiro em geral. Apesar de sua simplicidade, aqui existe espaço para uma longa pausa analisando trajetórias de linhas férreas e decidindo onde é o melhor local para a próxima peça a entrar em jogo, pois um caminho errado pode dar pontos de vitória preciosos aos adversários.

Para quem gosta de um maior desafio, o jogo conta com 4 expansões bastante interessantes: Companhias de metrô, Estações de metrô, Trilhos centrais e Estações numeradas. Todas elas virão na caixa da versão brasileira e cada uma delas traz um desafio diferente assim como mais camadas de estratégia e complexidade, sem deixar o jogo chato.

Pontos positivos
– Simples de aprender e ensinar
– Edição nova com arte e componentes renovados
– Expansões já na versão brasileira
– Serve para novatos e veteranos

Pontos negativos
– Simplicidade do jogo base pode frustar os heavy gamers
– Possibilidade de demora no turno do jogador