Resenha – Dungeon Raiders

Um pouco de aventura liberta a alma cativa do algoz cotidiano. – Clarice Linspector

Este é uma resenha realizada em parceria com a loja COMDADO Jogos! Visite o site de umas lojas mais completas em tabuleiros nacionais e sleeves do Brasil!

caixa_dungeonraiders
Caixa do jogo

Dungeon Raiders é um jogo de cartas lançado em 2011 com tema de aventura onde os jogadores exploram uma masmorra cheia de monstros, perigos e tesouros e onde cada masmorra é diferente da anterior. O jogo é uma criação de Phil Walker-Hardling (Sushi go!, Cacao, Pack of Heroes, etc) e teve como artistas o próprio autor, Meredith Walker e de Chechu Nieto (Canterbury, Urban Sprawl, Dominant Species, etc).

A versão brasileira foi feita pela Devir com base na versão espanhola do jogo editora Homoludicus.

Mecânicas
– Ação simultânea
– Administração de cartas

Dungeon Raiders tem uma certa semelhança (semelhança leve…) com as partidas de RPG de muitos jogadores antigos por conta do tema. Lá existem vários monstros, heróis e itens medievais e a masmorra em si. Porém, esse é um jogo familiar com pouca estratégia e também um jogo bem simples com um sistema de ação simultânea onde todos revelam ao mesmo tempo o que vão fazer com suas cartas.

O jogo consiste de 5 rodadas que são representadas pelas pilhas de cartas dispostas na mesa. Antes da partida todos pegam um personagem e marcadores para marcar a vida do personagem e quantas moedas de ouro que ele tem, que é o que importa para ganhar o jogo (dinheiro!).

personagens
Personagens do jogo

Então a partida começa revelando a primeira pilha de cartas, onde os jogadores vão resolvendo uma a uma. Algumas dessas cartas podem começar já reveladas enquanto outras podem ficam escondidas até que a mesa chegue no momento de resolver as mesmas.

Os jogadores usam suas cartas da mão com valores de 1 a 5 para resolver as cartas da masmorra que são apresentadas. Cartas de itens são utilizadas uma vez por jogo na sua maioria e podem realizar várias habilidades diferentes que ajudam a jornada de um determinado jogador: abrir baús, revelar cartas, forçar oponentes a revelar as cartas a serem jogadas, etc.

cartas
Cartas do jogo

Normalmente os cômodos abertos na mesa são ganhos pelo jogador que usou a carta maior em sua jogada, porém nem todos funcionam dessa forma: as armadilhas atrapalham bastante a jornada de quem está na frente na pontuação. Além disso, alguns monstros precisam ser derrotados pelo total das de cartas de podem que foram jogadas naquela rodada, o que faz com o que fator cooperativo do jogo também atrapalhe futuramente a estratégia de algum jogador (ou não… sempre dá para ferrar um amiguinho).

itens
Itens do jogo

O jogo continua pelos 5 níveis (ou pilhas de cartas) da masmorra até que se chega ao chefe final. Esses chefes são monstros bem mais fortes do que aqueles anteriores que foram encontrados na aventura e também possui habilidades que podem mudar o curso da batalha que está por vir.

Então depois do chefe derrotado e da aventura acabada, vence quem tiver mais moedas! O jogador que possuir a menor quantidade em pontos de vida é automaticamente eliminado nessa etapa do jogo e o pior: se existirem jogadores empatados nesse quesito, todos morrem! Os heróis “vivos” contam seu tesouro e ganham quem tiver mais moedas. Em caso de empate, os vencedores dividem a vitória.

monstros
Monstros

Considerações finais
Dungeon Raiders é um jogo filler muito bom de “entrada” daqueles que ensinam mecânicas a novos jogadores e por ser um filler é rápido e divertido. Introduz a mecânica de ação simultânea e administração de cartas, ambas bastante usadas em tantos outros jogos. A arte do jogo na edição da Homoludicus trazida para o Brasil pela Devir é bem superior à primeira edição da Adventureland Games que tinha um visual bem mais infantil na minha opinião.

O jogo em si é bem simples e interativo, até hoje não presenciei um novato que não gostasse do jogo. Já entre os veteranos existe bastante gente que torce o nariz pelo fato de ser simples, rápido e com pouco nível de estratégia, além do tema ser um pouco “mais do mesmo”.

Considero o jogo bem divertido e ele possui regras especiais para 2 jogadores, o que aumenta sua qualidade/rejogabilidade. Na internet também podem ser encontradas regras para solo para 1 jogador. Por fim, o Dungeon Raiders brilha mesmo é com a mesa cheia!

Pontos positivos
– Filler rápido, bom, bonito e barato
– Regras simples fáceis de aprender e ensinar
– Costuma atrair jogadores que gostam de fantasia medieval
– Dá para furar o olho do amiguinho

Pontos negativos
– Rejogabilidade média, pois com o tempo as cartas ficam conhecidas
– Fica realmente divertido com muitos jogadores na mesa
– Pode parecer bobo aos jogadores mais exigentes