Resenha – Fábrica dos sonhos

“Que tal juntar aquela espada magnífica, um pouco de coragem, e dar ao guerreiro a glória daquele momento tão almejado por ele ao derrotar o destemido dragão…” – Verso da caixa do jogo

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Fábrica dos sonhos é um jogo de  Thiago Ferri (Possessão Arcana, Yuzen) e Renato Morroni (Yuzen) lançado em 2017 pela Sherlock S.A. e com ilustrações de Nicoly Boaventura. Este é um jogo brasileiro lançado pela própria editora dos autores.

Mecânicas
– Gestão de mão
– Jogadores com diferentes habilidades
– Narração de histórias
– Toma essa

Em Fábrica dos sonhos o objetivo de cada jogador(a) é correr contra seus adversários a fim de completar primeiro três sonhos de cidadãos do local onde a fábrica se encontra, afinal todos são personagens místicos construtores de sonhos. Para isso, todos assumem o papel de um ser místico (fada, unicórnio, gnomo ou ent) para então realizar esses sonhos através das cartas do jogo.

Visão geral dos componentes

Na sua vez cada um possui uma pequena mão de cartas de sonhos e na mesa uma grade de 4×4 de cartas de desejos à sua frente, comum à todos. Cada jogador(a) fica em uma extremidade da mesa, pois as cartas do jogo possuem setas que apontam para cada um dos lados do quadrado da forma da carta.

Jogo pronto para começar

Depois de receber suas cartas iniciais, o(a) jogador(a) em seu turno realizar duas ações obrigatórias: remover uma carta de desejo da mesa e posicionar outra da pilha de compras em seu lugar; depois interceptar uma outra carta seja movimentando as existentes na mesa ou comprando mais uma carta de sonho para a sua mão.

As ações se repetem por jogador(a) até que alguém tenha completado perfeitamente a posição dos desejos com as setinhas viradas para si, a fim de finalizar o objetivo de uma carta de sonho. Ao finalizar a mesma, conta-se uma história com as cartas de desejos que foram utilizadas. Ainda é possível jogar cartas de efeitos para atrapalhar os adversários ou ainda ajudar a si mesmo.

Exemplo de carta de sonho

Considerações finais
Uma criação brasileira, leve e divertida, mas acima de tudo: fofa. O jogo possui uma arte que encanta à primeira vista com traçados leves, cores vibrantes e ótimos cenários e iconografia.

A mecânica do Fábrica dos sonhos entrega um jogo honesto que cumpre o papel de uma divertida e desafiadora em torno do tempo prevista na caixinha (45 min aproximadamente) e a explicação pode ser realizada rapidamente, sendo somente necessário olhar os poderes de cada carta individualmente. Em tempo: o jogo possui muitas cartas que garantem variedade em cada partida.

Para a criançada o título da Sherlock S.A. pode ser tanto jogado com todas as regras quanto facilmente adaptado: os textos dos poderes podem ser ignorados, por exemplo, e o jogo se torna uma experiência para os pequenos de observar, encontrar os ícones que precisam e entender a dinâmica do turno de cada oponente.

Infelizmente o texto das cartas de poderes ficaram um pouco pequenos e, apesar de valorizar as ilustrações lindas de Nicoly Boaventura, dificultam um pouco a leitura.

Em se tratando de ilustrações, todas as referências de desenhos, cultura e outros que estão no jogo foram muito bem escolhidos pelos autores e também muito bem ilustrados. Parabéns a equipe!

Um gênio e alguns personagens voando

Pontos positivos
– Jogo leve, divertido e muito bem ilustrado
– Recheado de referências sutis a desenhos, cultura e outros
– Fácil de explicar e jogar
– Serve para as crianças, ainda que com adaptações

Pontos negativos
– Texto pequeno nas cartas pode dificultar a leitura

PS: Foto extra! Consegue identificar todas as referências das cartas abaixo? Boa sorte!

Olhe com atenção!