“Assuma o papel de um ferreiro anão coletando recursos e criando itens diversos em sua oficina!” – Caixa do jogo
Dwarven Smithy é um jogo criado por Mike Warth e lançado de forma independente em 2018 através de sua editora, a norte americana Flatworks Gaming. Agradecimentos à editora (thank you!)!
Mecânicas
– Colecionar componentes
– Gestão de mão
Em Dwarven Smithy (algo como Ferraria dos anões, em tradução livre) todos(as) os(as) jogadores(as) são anões ferreiros (e anãs ferreiras também!) que buscam fama através da venda dos seus trabalhos na forja. Para isso, minerais, ferramentas, armas, armaduras, runas e gemas serão comercializadas a fim de acumular dinheiro. Cada jogador(a) precisa fazer o melhor uso do seu espaço limitado para ser o mais rico ao final da partida!
Durante a preparação do jogo, cada um recebe uma carta com seu personagem e que também é seu espaço pessoal de trabalho, onde estão a oficina (workshop), local dos aprendizes, mercado e ferramentas. Cada uma dessas áreas pode conter um determinado número de cartas que, por sua vez, são divididas em dois baralhos: recursos e guilda.
As cartas de recursos são cartas de metais, gemas e runas para criar os itens a serem vendidos, como armas e armaduras por exemplo. Já o baralho de cartas de guilda possui peças para serem produzidas, ferramentas, aprendizes e pedidos de itens do Rei.
O turno de cada um dos anões (jogadores) é dividido em algumas partes:
1- Refinar: Todas as cartas de recursos são giradas ficar com o seu lado “refinado” para cima;
2- Finalizar: As cartas de guildas que foram feitas no turno anterior do jogador são consideradas completas;
3- Ações: Os jogadores podem fazer as ações que desejam nessa fase, como jogar cartas, trocar cartas, vender recursos e outros;
4- Comprar: O jogador compra 4 cartas de qualquer um dos baralhos, sem exceder o limite de 6 cartas na mão.
A partida continua até algum dos jogadores tenha feito seu quarto item do Rei ou até que os baralhos da guida ou recursos de esgotem (o que vier primeiro). Vence quem tiver mais moedas.
Considerações finais
Dwarven Smithy definitivamente é um jogo que, durante a explicação ou estudo das regras, parece complicado. A partir do momento que se joga a primeira rodada, tudo flui naturalmente. Essa fluidez é essencial para um jogo que possui pouca interação entre os jogadores.
O jogo contou com diversos artistas que trabalharam muito bem para reforçar o tema nas cartas e componentes. Como anões, os jogadores utilizam metais diversos, runas e gemas, elementos que pertencem ao “universo” dos anões como se vê em filmes, série, quadrinhos e jogos medievais.
Quando mais se joga, mais claramente é possível ver que a mecânica se enquadra perfeitamente no jogo e todas as fases fazem sentido: refinar o que é preciso para criar uma peça, finalizar a peça anterior, realizar as ações de troca de cartas e outros, e finalmente colocar algumas cartas na mão para dar continuidade ao jogo. Tudo se encaixa.
Claro que a correria para fazer o quarto item do Rei pode não agradar a todos, pois em algum momento essa corridinha para o fim da partida vai aparecer e, então, fazer pontos para a vitória se torna algo primordial, ao invés de apenas se divertir ou montar a uma oficina mais eficiente com as cartas. Além, também quanto “as cartas certas”, isso existe e distancia novatos de veteranos no jogo.
Vale o destaque para modos rápidos e demorados de jogo, e até mesmo um com leilão. Mais rejogabilidade ainda e novos desafios para quem já tem o título há algum tempo.
Pontos positivos
– Jogo fluído em suas regras
– Tema bem implementado nas cartas e mecânicas
– Boa rejogabilidade com muito conteúdo e variantes
Pontos negativos
– Pequena corrida para o final da partida pode desagradar
– Comprar as cartas certas pode fazer toda a diferença
