Resenha – Dead Man Doubloon’s edição de luxo

“Ataque, pilhe e dispute com seus rivais para descobrir quem receberá as riquezas infinitas presentes na misteriosa ilha.” – Página oficial do jogo no site da Mandala Jogos

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Dead Man Doubloon’s foi um jogo de campanha de financiamento coletivo de bastante sucesso em 2017 e na época a editora paulista Mandala participou junto da campanha na plataforma Kickstarter e aproveitou para tanto ajudar os apoiadores brasileiros quanto para agregar o jogo ao seu catálogo. O jogo é de autoria de Jason Miceli e conta com as artes de Matthew Mizak. Lançamento de 2018!

Agradecimentos a editora Mandala Jogos pela edição de luxo! Visite o site para adquirir o seu!

Mecânicas
– Ação / Movimento Programado
– Ação simultânea
– Controle/Influência de área
– Force sua sorte
– Gestão de mão
– Movimento de área
– Toma essa

Dead Man Doubloon’s (ou “Dobrões do homem morto” em tradução livre) é um jogo temático de piratas onde os jogadores precisam correr contra o tempo para conseguir o tesouro primeiro e então voltar para seus navios para as batalhas finais por pontos e glória! O jogo em si é jogado em duas frentes diferentes: enquanto o navio pirata do(a) jogador(a) circula as águas do tabuleiro através de cartas jogadas diretamente, o capitão de cada jogador(a) corre na ilha amaldiçoada para conseguir o tesouro primeiro, pois vale muitos pontos!

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Visão geral dos componentes

Em cada turno, cartas são jogadas e determinam as ações a serem feitas. Nem todas as ações são diretas e algumas dependem diretamente de outros elementos em cartas jogadas anteriormente para serem acionadas com sucesso. Dentre as opções disponíveis, os piratas podem atacar pela frente ou pelas laterais, se moverem, invadirem os navios adversários, procurar tesouros, dentre outras. Ao final de 3 cartas jogadas, uma rodada termina e espólios de dobrões são divididos.

Se um jogador tomar dano suficiente para afundar seu navio, além de pequenas penalidades, se transforma em um navio pirata fantasma (transparente) que possui mais força de ataque, porém sofre com pontos negativos. Pode-se pagar 5 dobrões para “reviver” novamente.

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Exemplo de partida

Enquanto isso, o peão (meeple) do capitão está na ilha da Montanha Zotètmon correndo contra o tempo para chegar ao topo da montanha. São necessários fragmentos de mapas para poder avançar e esses fragmentos podem ser perdidos para os oponentes, o que atrasa a corrida de cada jogador.

Uma vez que um dos capitães chegue ao topo da montanha é hora de dividir os tesouros. Durante o caminho, cada marcador colorido no tabuleiro releva um plaquinha de terreno diferente com efeitos diferentes, benéficos ou maléficos. Porém, o topo da montanha é o final da corrida e quem chegar primeiro leva mais gemas do que os demais que estão próximos de chegar. Nesse momento, os capitães voltam para seus barcos (tabuleiros dos jogadores) e começa a corrida para o final da partida.

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Tabuleiro do jogador ao final da partida

Rumo ao final da partida, cartas de capitão são embaralhadas no baralho de compra e toda vez que uma é jogada, um capitão avança na trilha de final de jogo individual para cada jogador. Quando alguém chegar ao final dessa pequena trilha é declarada a última rodada do jogo e vence quem tiver mais pontos em gemas, dobrões e outros.

A edição de luxo conta ainda conta com uma pequena expansão e diversas variantes com componentes próprios que permitem um desafio maior.

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Componentes de luxo

Considerações finais
A produção e artes de Dead Man’s Doubloons é sem dúvida o que atrai os olhares em primeiro lugar. Um jogo lotado de bons elementos, porém que o visual atrai a praticamente qualquer um que dá uma olhada em uma mesa durante uma partida em andamento.

Aqui existe um jogo com elementos familiares e estratégicos, onde cada carta jogada influencia diretamente o que acontece no turno do próximo jogador, logo cada escolha faz muita diferença. Considerando que as cartas jogadas pelos jogadores são reveladas ao mesmo tempo, também existe um caos divertido no jogo que gera muitas risadas… ou muitas frustrações, principalmente para os mais ávidos por jogos ao estilo euro.

As ações do jogo criam espaço para erros, consertos e acertos e a alta interação das ações dos jogadores prende a atenção de cada um à mesa. Existe espaço para a “leitura do oponente”, ao mesmo tempo que também existe espaço para jogar de forma caótica, atrapalhar os adversários e tentar tirar algo de bom do caos causado. Brilhante junção de mecânicas.

Por fim, o jogo brilha com 3 ou mais jogadores, porém é possível jogar com apenas 2. A sorte na compra de cartas e placas de ilha pode incomodar. A produção da edição de luxo é fantástica e, além de vir com componentes mais elaborados e uma expansão bem bacana.

Pontos positivos
– Ótimo jogo com elementos estratégicos e familiares
– O caso que é criado alimenta a diversão do jogo
– Duas frentes diferentes para fazer pontos de vitória
– Excelentes artes e produção de componentes

Pontos negativos
– A sorte na compra de cartas e terrenos da ilha pode incomodar
– Alta interação e caos durante a jogada de cartas pode frustar alguns jogadores