Resenha – As torres de Arkhanos (protótipo)

“Apenas a escola que se mostrar mais eficaz nas artes mágicas terá prestígio o suficiente para governar esta lendária localização dos reinos de Drunagor!” – Página do jogo na Ludopedia

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As torres de Arkhanos é uma criação de Daniel Alves (Masmorra de dados, Sonhando com Alice) e Eurico Cunha (Masmorra: Dungeons of Arcadia, Masmorra de dados) com as artes de Marcelo Bastos e Rodrigo Ramos e que também é um lançamento desse ano.

O protótipo final do jogo foi emprestado ao blog Meeple Divino pelos autores e os agradecimentos ficam com eles! O jogo entra em financiamento coletivo no próximo mês, fiquem divinamente ligados!

Mecânicas
– Controle/Influência de área
– Rolagem de dados

Em Torres de Arkhanos todos os jogadores são magos rivais que querem construir torres para canalizar o poder dos antigos sábios mágicos, dentro do universo de Reinos de Drunagor, de civilizações passados. Para isso, cada jogador(a) deve contar com o mago mestre de seu grupo, assim como seus aprendizes para elevar essas torres, ganhar poder e preciosos pontos de vitória!

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Visão geral dos componentes

A cada turno um(a) dos(as) jogadores(as) pega 5 dados a fim de utilizar nas torres que serão construídas ao longo da partida. Cada andar (ou placa) de torre possui os mesmos poderes quando os dados são alocados, porém o que muda é a cor, tipo ou números dos dados que podem ser alocados. Resumindo, cada um pega um dado, coloca em uma torre, faz o efeito e encerra seu turno.

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Peças de torres variadas

Os efeitos dos andares das torres – quatro torres no total – são sempre os mesmos: ganhar 2 pontos, ganhar 1 ponto para cada andar daquela torre ou colocar um de seus ajudantes em outro local de outra torre. Este último poder não concede pontos, mas pode ajudar em outra parte do jogo: quem tem a maioria em uma torre, ao final da rodada que é momento de pontuar, ganha pontos extras. Vale informar que o mestre conta como se fossem 2 assistentes para desempatar esse controle de área.

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Mesmos poderes, mas diferentes cores

Caso alguém não queira nenhuma das opções das torres externas ou ainda queira adquirir poderes arcanos do seu livro de magias, basta alocar um dado número de qualquer cor na torre central: o número do dado determina qual poder que será habilitado. Esses poderes podem permitir mudança de cor, número, rolagem de um dado extra, entre outras opções.

A partida dura um número de rodadas fixo de acordo com o número de jogadores presentes.

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Exemplo das torres em partida

Considerações finais
Este é mais um jogo familiar de autoria de Daniel Alves e Eurico Cunha, autores brasileiros que já sabem a medida certa para fazer títulos assim. A familiaridade de regras lembra vagamente Sonhando com Alice, de autoria somente do Daniel, onde temos em ambos os títulos regras simples e jogabilidade com estratégia na medida certa.

A pontuação de Arkhanos é apertada, porém isso não torna o jogo apertado ao ponto de que um jogador menos experiente não possa jogar e jogar bem. Os poderes, regras e mecânicas envolvidos são simples e isso facilita muito tanto a aprendizagem quanto a diversão que o mesmo proporciona, principalmente com mesa cheia. Quanto mais pessoas jogando, mais divertido e disputado o jogo fica.

Um destaque do jogo é a arte muito viva de Rodrigo Ramos: cores intensas, traços bem definidos e os elementos estão bem dispostos nas placas das torres.

Por fim, o jogo merecia uma expansão, apesar de ser um jogo familiar bem fechado, pois uma variedade de poderes nas placas das torres seria muito bem-vinda. Também vale mencionar que a habilidade de pontuar de acordo com o andar da torre não tem tanto valor no começo do jogo, pois é mais prático ganhar 2 pontos diretamente: somente a partir do quarto andar que este poder tem um valor real por parte dos jogadores.

As torres de Arkhanos, ou The tower or Arkhanos, entrará em financiamento coletivo ainda esse ano através da plataforma Kickstarter pela empresa norte americana Creative Games Studio (CGS). Os apoiadores brasileiros receberão o jogo em português de acordo com os autores.

Pontos positivos
– Fácil de aprender e ensinar
– Linda arte
– Jogo familiar que atende a novatos e veteranos

Pontos negativos
– Poderes das placas das torres poderiam ser um pouco mais variados