Resenha – The Manhattan Project: Chain reaction

“Seus espiões roubaram a tecnologia necessária, mas você precisa conseguir materiais e funcionários para completar a tarefa antes das nações rivais.”Página oficial do jogo, PaperGames

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The Manhattan Project: Chain Reaction é um jogo do norte americano James Mathe com a arte de Clay Garner e Sergi Marcet e lançado em 2016. Aqui no Brasil foi lançado esse ano pela PaperGames e é com base nessa versão que esta resenha foi feita!

Mecânica
– Gestão de mão

Em The Manhattan Project: Chain reaction precisamos defender o mundo contra mais uma ameaça de guerra. Para isso será necessário focar em criar combos atômicos, desenvolver trabalhadores especializados e gerenciar materiais e recursos no jogo.

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Visão geral dos componentes
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Destaque do trabalhador

Para realizar tudo isso acima descrito é necessário gerenciar bem os bolos amarelos e urânios que são obtidos através da correta alocação dos trabalhadores em locais que produzam os mesmos. Uma mesma carta em Chain reaction representa tanto o trabalhador quanto algum local em jogo. Em se tratando de locais existem diversos tipos que podem desde produzir recursos até possuir habilidades a serem realizadas ao se baixar a carta em jogo.

Mecanicamente, cada jogador possui uma mão de cinco cartas e pode jogar quantas quiser em seu turno. Algumas cartas podem realizar pequenos combos com outras, o que permite estender o turno do(a) jogador(a). Além disso, também é possível descartar quantas cartas quiser. Ao final do turno, todas as cartas usadas são descartas e a mão é reposta para cinco cartas.

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Pronto para começar a partida

O jogo corre assim até que algum jogador tenha feito ao menos 10 pontos de bombas na mesa, sendo que as bombas em si têm variação de pontos e ainda é possível aumentar seus pontos. Nesse momento, esta é a última rodada da partida e quem tiver mais pontos ganha. Ainda pode-se jogar sozinho (modo solo).

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Cartas de bomba

Considerações finais
A primeira e principal coisa a se considerar é The Manhattan Project: Chain reaction não é um The Manhattan Project “card game”, ou seja, as mecânicas envolvidas são diferentes o suficiente para ambos sejam jogos únicos e válidos em qualquer coleção, apesar do tema ser similar.

Toda a gestão de cartas do jogo é voltada para o máximo aproveitamento da mão de cartas de cada jogador, logo existe um certo sentimento de jogos como Ascension por exemplo, onde é essencial aproveitar o máximo possível das cartas na mão para fazer pontos e recursos valiosos a cada turno.

Em se tratando do tema, não há o que falar: bem implementado e com ótimas escolhas de elementos nas cartas. A produção da editora brasileira PaperGames também é um ótimo elemento presente no jogo. Mecanicamente, não há em Chain reaction a opção de criar uma máquina de recursos e pontos ao longo da partida, já que as cartas são descartas ao final do turno de cada um. Mais uma diferença significativa dentre os títulos lançados no Brasil.

Por fim, existe sorte no jogo quanto a compra de cartas, é claro, além de um pequeno fator de corrida para encerrar a partida, e tentar garantir a vitória por pontos de bombas. Então é claro que nem todos os jogadores gostam da aleatoriedade que existe, apesar dessa sorte também levar ao exercício, durante cada partida, de usar da melhor forma as cartas que vieram à mão.

Pontos positivos
– Ótima reimplementação do jogo de tabuleiro, apesar de não substituir o mesmo
– Mecânica que coloca o jogador para utilizar da melhor forma as cartas à mão
– Fácil de aprender e ensinar
– Excelente produção da editora em território nacional

Pontos negativos
– Sorte no saque das cartas, o que pode frustar alguns jogadores
– Corrida para acelerar o final da partida é comum