Resenha – Sherlock

“Um crime violento abala a noite de Londres! Sherlock Holmes, John Watson, James Moriarty, Irene Adler… vários nomes conhecidos vêm à tona como suspeitos, mas apenas um é o verdadeiro assassino. Quem resolverá esse mistério?” – Verso da caixa do jogo, versão da Mandala Jogos

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Sherlock é um jogo de 2013 criado pelo sul coreano Hope S. Hwang (Guildhall, Kabuki) com a arte francês Vincent Dutrait (Medici, Tikal II) e que originalmente se chama Sherlock 13. No nosso país o jogo foi lançado pela Mandala Jogos e é com esta versão que esta resenha foi criada!

Mecânicas
– Gestão de mão
– Memória

Sherlock 13 ou simplesmente Sherlock (no Brasil) é um jogo leve em uma pequena caixa onde o objetivo de cada jogador, na sua vez, é deduzir corretamente qual é o personagem que está na mesa (ou personagens, dependendo o número de jogadores) e que também é o disfarce do vilão do jogo, Arsene Lupin.

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Visão geral dos componentes

Para isso, cada um recebe um determinado número de cartas de personagens e precisa ler as informações das cartas e questionar seus oponentes sobre outras informações a fim de deduzir corretamente quem está de fora jogo. As informações das cartas, que são símbolos, são denominadas de “características” pelo jogo (cachimbo, lâmpada, etc).

Em se tratando de perguntas, somente podem ser feitas dois tipos:

  • Para todos os oponentes: Quem tem essa característica?
  • Para um oponente apenas: Quantas características você tem?
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Todos os personagens

Com as respostas cada um anota na sua folhinha quem levantou a mão e respondeu (no caso de perguntar a todos) ou quantas características determinado oponente possui (no caso de perguntar individualmente).

Ganha quem deduzir corretamente o personagem que está fora do jogo. Conforme os jogadores erram suas tentativas, eles se eliminam do jogo e os oponente continuam até que alguém saia vencedor(a).

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Os escudos dos jogadores: esconder as anotações é importante

Considerações finais
Este é um jogo que se encaixa bem na categoria “bom, bonito e barato”. O custo/benefício é ótimo, tanto por sua simplicidade quanto pelo número de vezes que pode ser jogado: as partidas rápidas divertem sem enjoar.

O título possui pouquíssimos componentes, um bonita arte de um veterano de tantos outros jogos e boas características de jogos festivos, sendo a principal delas a interação com todos na mesa.

A característica do jogo de auto eliminar um jogador não chega a ser um problema pela rapidez com a qual as partidas transcorrem. Há quem acredite, pelas experiências que tive com o jogo, que o “próximo jogador” sempre depois de que alguém tenta deduzir e acaba por errar, mas isso não se torna regra: é comum ver um efeito de “cascata” onde um jogador erra sua tentativa de dedução e o próximo também erra!

Por ser leve, pode não agradar a todos e vale bem mais a pena jogar com 3 ou 4 pessoas à mesa, mas o título funciona bem para dois jogadores. Recomendo pessoalmente a variante presente no manual, deixa tudo mais desafiador!

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Exemplo de anotações ao final de uma partida

Pontos positivos
– Jogo bom, bonito e barato
– Fácil de aprender e ensinar
– Partidas rápidas que divertem sem enjoar

Pontos negativos
– Diverte mais com 3 ou 4 jogadores