Resenha – Labyrinth: O jogo de tabuleiro

Labyrinth: O jogo de tabuleiro é uma linda homenagem ao filme para 1-5 jogadores em que Sarah, Ludo, senhor Didymus e Hoggle devem aventurar-se através do labirinto para chegar à cidade do goblin e salvar Toby de Jareth, o duende rei! – Meeple BR editora

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O jogo Labyrinth: O jogo de tabuleiro (no original Jim Henson’s Labyrinth: The Board Game) é uma criação do italiano Alessio Cavatore, também conhecido pelo antigo Mordheim: City of the Damned, e foi lançado em 2016. Essa resenha se baseia na versão brasileira do jogo pela editora Meeple BR.

Mecânicas
– Cooperativo
– Jogadores com diferentes habilidades
– Movimento em área
– Rolar e mover

Este é um jogo de tabuleiro muito simples, bem ilustrado e tem como base filme de mesmo nome. Não vamos abordar sobre o filme aqui, porém uma sinopse bem bacana pode ser encontrada na Wikipédia, inclusive com maiores informações do mesmo. Além disso, a editora comercializa uma edição de colecionador bem bacana que já vai com o filme.

O jogo consiste em dois estágios distintos, um em que o grupo deve aventurar-se através do labirinto (trilha externa) e tentar encontrar a cidade dos goblins enquanto mantém sua força de vontade, um segundo onde os jogadores devem lutar através do castelo de Jareth e por fim a última parte onde devem enfrentar o próprio vilão.

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Prévia dos componentes. Imagem: Meeple BR jogos

Cada partida tem suas diferenças com os espaços para as cartas no tabuleiro que são preenchidos com os encontros mágicos e os monstros descritos no baralho de cartas do jogo. Essa variedade de cartas é que traz a sensação de “labirinto” do jogo. Os personagens também possuem cartas próprias que interagem com o jogo.

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Personagem Sarah

Os personagens possuem três atributos somente, usados para movimentação e para vencer os desafios propostos pelas cartas. Existem penalidades nesses desafios, o que lida a cooperação e interação dos jogadores. As cartas são colocadas no tabuleiro diretamente e ali podem se tornar obstáculos até que a carta que permite acesso ao castelo do vilão seja comprada.

Por fim, para vencer a partida, é necessário que Jareth seja derrotado e as formas de derrotar o mesmo variam no jogo, de acordo com cartas especiais. Por ser um cooperativo, sempre existem mais formas de se perder do que ganhar a partida!

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Exemplo de final de partida

Considerações finais
Labyrinth é um jogo com o clima animado e criativo dos anos 80, não só pelo tema, mas também devido à sua clássica mecânica: rolar e mover com dados, o que remente ao constante uso da sorte. Simples e fácil, pois é um produto acessível a todos.

O ponto alto deste título é o fato de ser cooperativo, semi-cooperativo (se jogando em 5) e solo. Isso já traz mais rejogabilidade e desafios ao jogo em si, até porque não existem muitas decisões a serem tomadas durante a partida. A quantidade de cartas de labirinto é o outro atrativo do jogo, em termos de jogabilidade, além de componentes bem feitos.

No geral é um jogo simples que promove a diversão pela sua leveza, pois é para ser jogado sem compromisso. Para quem for fã do filme, sem sombra de dúvida é um produto fantástico. O tema, mecânica e produção dos componentes são muito bons.

Para quem procura um desafio dentro dos jogos de tabuleiro, jogos que possuam níveis de estratégia, complexidade maior de regras e outros, definitivamente Labirinto não é um deles. O título certamente desagradará quem procura algo assim. Já para quem preza por simplicidade, este é um produto que, enquanto altamente temático, consegue divertir e cumprir seu papel, apesar do alto uso da sorte nos dados.

Pontos positivos
– Jogo simples e fácil de forma geral
– Serve perfeitamente para novatos
– Extremamente temático, principalmente para os fãs do filme
– Cumpre ao que se propõe, auxiliado por uma boa produção

Pontos negativos
– Uso constante de sorte tanto nos dados quanto no baralho de desafios do jogo
– Não serve para veteranos, pois não oferece desafios