Resenha – Um lobisomem por uma noite

‘”Uma noite um pequeno vilarejo foi exposto à terrível ameaça dos Lobisomens…” – Verso da caixa do jogo, versão brasileira pela Funbox

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Caixinha do jogo

Lobisomem por uma noite (no original One night werewolf) é uma versão simplificada do jogo festivo Werewolf. Lobisomem foi criado por Akihisa Okui, designer japonês, em 2012, que também é criador outros dois jogos festivos também famosos, o One night ultimate werewolf e One night ultimate vampire.

A versão brasileira foi feita pela editora paulista Funbox que trouxe tudo desse jogo simples em uma caixinha caprichada. Esta resenha é baseada na versão brasileira do jogo.

Mecânicas
– Jogadores com diferentes habilidades
– Jogo em equipe
– Votação

Este jogo festivo pode ser jogado a partir de 3 jogadores, mas brilha mesmo 4 ou mais. Lobisomem por uma noite é um jogo simples, mas que diverte mesmo assim. A arte é totalmente pixelada e bem feita, o que eu sinceramente acho que não se encaixa tanto assim com o jogo, mas nada que diminua o mesmo.

No começo da partida cada jogador recebe uma carta que contém um personagem. Logo em seguida todos olham e decoram o seu personagem. Cada carta de personagem possui uma dica que dá ao jogador a ideia principal do que o personagem faz ou da habilidade do mesmo. São poucos os personagens do jogo, mas todos tem seu papel bem durante a partida: aldeões, vidente, ladrão fantasma e lobisomens. Esses personagens ficam divididos em duas equipes distintas, a equipe dos aldeões (letra A com fundo amarelo) e a equipe dos lobisomens (letra L com fundo vermelho).

Sempre sobram algumas cartas que são colocadas no centro da mesa. Logo em seguida todos fecham os olhos e começa o jogo em si que é dividido em duas fases: a fase da noite onde todos fecham os olhos e executam suas habilidades e a fase do dia onde acontece uma votação quanto ao personagem que deve ser eliminado.

cartas
Personagens

Os times
Existem dois times ou dois “lados” em Lobisomem por uma noite. O time dos aldeões e o time dos lobisomens. Os aldeões, que pertencem à sua própria equipe, tem um único papel que é descobrir quem são os lobisomens, assim sobrevivendo durante partida. Além disso, eles normalmente são a maioria, principalmente com a mesa cheia.

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Time dos aldeões

O ladrão fantasma pertence ao time dos aldeões e tem como habilidade trocar a sua própria carta com a de outro jogador, acrescentando assim uma “gota” de aleatoriedade ao jogo e também revelando (ainda que para si) um dos personagens da mesa… Que pode ser um lobisomem! A habilidade é realizada somente durante a noite e o ladrão precisa tomar muito cuidado para não esbarrar na mesa ou em alguém quando for realizar sua habilidade.

Já o vidente, também da equipe dos aldeões, pode olhar a carta do meio da mesa ou ainda a de outro jogador. Assim ele sabe o que foi eliminado no começo da partida ou ainda o papel de outro jogador. Ele representa o elemento caótico no jogo, simplesmente por trocar papéis, porém sempre a noite.

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Ladrão fantasma e vidente

Os lobisomens que constituem sua própria equipe simplesmente tem por função eliminar alguém da equipe adversária. Os jogadores abrem os olhos e se reconhecem durante a primeira noite para formar a parceria e o trabalho em conjunto necessários para ganhar o jogo. Os lobisomens precisam sempre trabalhar em conjunto, porém de tal forma que a mesa não desconfie de nenhum deles, pois se um é eliminado, os outros também perdem a partida.

Lobisomens
Lobisomens

Considerando que os jogadores não podem olhar a carta a não ser antes de começar a primeira noite é durante a fase da noite que a
magia do jogo acontece com a troca de cartas, morte dos jogadores e outros.

Durante o dia acontece a votação dos jogadores que é o momento onde todos na mesa debatem sobre o que ocorreu durante a noite e qual é o papel de cada um. Se os aldeões acham que não existe lobisomem na vila, os aldeãos votam por “paz na vila”. Nesse momento todos revelam as cartas e se existe uma carta de lobisomem, o time dos lobos ganha.

Por um outro lado, os jogadores podem votar para eliminar algum jogador “suspeito” na mesa. Se a maioria votar e esse jogador for um aldeão, o time dos lobos ganha. Se for um lobisomem, o time dos aldeões ganha. Em caso de empate, ambos os jogadores revelam suas cartas para demonstrar a eliminação.

Considerações finais
Lobisomem por uma noite é um jogo festivo bem simples… Simples até demais. Poucas cartas, poucas regras, bastante interação e uma dose de risada. Porém, eu acredito que a arte não tem tanta relação com o tema (para mim pixels lembram tecnologia ou jogos antigos) e o jogo é rápido demais, já tive partidas que duraram menos de 10 minutos.

Porém, por um outro lado, como o jogo é rápido e simples é perfeito para iniciantes, famílias e aqueles dias de churrasco e bebedeira: realmente arranca risadas com toda a confusão e discussão de um jogo festivo. Inclusive, já fica a sugestão de uma tarde ou noite de jogos somente de joguinhos pequenos como esse.

Pontos positivos
– Simples de ensinar, aprender e jogar
– Permite grupos de tamanho médio
– Perfeito para novatos e pessoas que não tem costume de jogar jogos de tabuleiro ou cartas
– Para todas as idades
– As cartas cabem na caixinha já com as sleeves (premium ou comum)

Pontos negativos
– Partidas rápidas demais
– Só funciona bem a partir de 4 jogadores